terça-feira, 2 de setembro de 2008

descoberta

Acordei sozinho como há muito não o fazia, respirei ainda sem sentir o mundo em meus pulmões, inspirei rotina, expirei o sono, esqueci do sonho. o vento mudou de direção, num sopro repentino e voraz. mudou a rotina, mudou o sonho, mudou o sorriso, mudou a força, aliás antes havia uma força!!! uma monção refrescou o que havia de dolorido e que insistia em arder dentro de mim... passaram as monções e de volta arde, queima e insiste em doer. Ao menos aprendi que o amor não é o suficiente... Não é o suficiente para manter o sentimento recíproco, Não é o suficiente para fazer durar o que parecia perene, Não é o suficiente para me convencer de que sentimentos não são efémeros. Será possível que tenho que conviver com isso?! Não somos obrigados a conviver com nada, nem com ninguém mas não serei eu o primeiro a dizer ou pensar assim... Apenas vivo, me conformei com a mesquinharia que escolhi para viver. Sou passivo ao que acontece ao meu redor, e até tenho vontade de mudar, mas prefiro ligar minha TV ou quem sabe pegar meu violão e tirar um sonzinho cliché. Vou ser sincero... Nem mesmo a musica me move como antes... Sem ela nada soa da mesma forma!!! Falar de amor é cliché e ponto forte quando se decide escrever... mas o que dizer do amor senão que ele destroi sonhos e faz doer?! Entenda que tudo que escrevo não é exatamente o que senti ou sinto, apenas quero escrever, não tente entender pois o que pensas estar tão nítido permeia a vastidão sem sentido do que passa em minha mente em lapsos de memória e em insights. minha escrita sem nexo e meus sentimentos avessos ainda tomarão um sentido, ou talvez não... descubro assim que tentar me entender é como buscar pelo incabível na lata do poeta (vide Gilberto Gil)!!!

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